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quarta-feira, 25 de maio de 2011

No mundo, mais de 8,6 milhoes de mulheres morrem todos os anos por causa dessas moléstias, na Europa, 23% da mulheres morrem de doenças isquêmicas do coração versus 21 % de homens, 18% das mulheres morrem de acidente vascular cerebral enquanto que nos homens esse percentual é de 11%.
No Brasil, segundos dados do Ministerio da Saude de 2006 as doenças cardiovasculares são responsáveis por 36,2% de todas as mortes ocorridas em mulheres. Em 2009 a Secretaria de Saude do Estado de São Paulo revelou resultado de estudo mostrando que a mortalidade por infarto do miocárdio em mulheres era superior a dos homens em qualquer faixa etária analisada
Ao mesmo tempo, sabe-se que com as campanhas preventivas , a doença cardiovascular vem diminuindo no mundo todo, mas o que chama atenção dos governantes é que essa diminuição não tem sido relevante nas mulheres.
Porque essa diferença? Porque mulheres estão morrendo mais do que homens? Porque existem diferenças importantes entre os dois sexos tanto do ponto de vista anatômico, como funcional, sendo possível que a mulher apresente a doença de uma forma mais grave do que o homem
Uma das grandes diferenças entre os sexos são as características dos sintomas clínicos da doença que podem diferir nas mulheres em relação aos classicamente definidos a ponto de passarem desapercebidos pelos médicos atendentes.
A dor no peito é sintoma relevante para o diagnostico da angina ou do infarto.Muitas mulheres apresentam a dor torácica típica, ou seja, sensação de dor no peito, em aperto, com irradiação para os membros superiores, faces laterais do pescoço e para as costas.Nos quadros anginosos ,a dor piora com a atividade física, melhora com o repouso e tem duração curta , já no infarto, ela é intensa, de longa duração( mais de 20 minutos) , pode vir acompanhada com sudorese fria, palidez cutanea, náuseas e vômitos.
Um numero elevado de mulheres, por outro lado, apresentam quadros atípicos que podem propiciar erros diagnósticos fatais. Ao invés da mulher apresentar a dor torácica clássica, intensa, no meio do peito, como acontece nos homens, ela refere fadiga, respiração curta, pressão ou aperto na “ boca do estomago”, náuseas, vômitos, torpor nos braços e ou dor nos maxilares. Alem disso, quando referem dor, a sua intensidade é menos intensa do que nos homens ou não se queixam do sintoma, situação extremamente perigosa que pode retardar o atendimento medico ou mesmo ocasionar um erro diagnostico.
Uma pesquisa mostrou que embora 67% das mulheres conheçam as características clássicas da dor da angina ou do infarto, somente 10% delas sabem que as mulheres podem ter sintomatologia mais pobre do que o homem e 7 % relatam não conhecerem nada sobre o assunto.Mulheres se informam sobre a doença cardiovascular através de revistas femininas(43%), programas de TV (24%)ou radio e ou jornais, poucas(18%) referem ter ouvido do seu medico algo sobre o assunto.
Muitas mulheres interpretam os seus sintomas como insignificantes preocupando-se mais com os problemas ginecológicos do que com os cardiovasculares, embora estes sejam responsáveis pela maioria das mortes femininas no mundo todo.
Alguns dados interessantes sobre o problema:

- Mulheres demoram mais tempo para serem atendidas do que os homens nas emergências hospitalares. Enquanto os homens eram atendidos 20 minutos após chegarem ao hospital, as mulheres eram socorridas após 30 minutos.(Wenger 2008);
- São menos submetidas a procedimentos invasivos como cateterismo cardíaco, angioplastia coronaria , a cirugia de revascularizacao miocardica, ou seja , de procedimentos que podem aumentar a sobrevida dos pacientes;
-Medicos falham em reconhecer os sintomas atípicos do ataque cardiaco na mulher. Somente 20% dos médicos sabem que há maior mortalidade da mulher do que do homem , por conta da doença cardiovascular.
- Dois terços de mulheres que morreram subitamente de doença cardíaca não tiveram esse diagnostico feito previamente. Muitas tiveram suas queixas atribuídas a indigestão, depressão, ansiedade, fibromialgias etc.

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